Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo
Eleições 2022
A opção Bolsonaro
As eleições se aproximam e, ao final de seu governo, Bolsonaro não tem obras a mostrar. Não controlou a economia e estamos saboreando desemprego, fome e inflação. Isso é fato, não são alegações vazias de adversários. Os preços nos supermercados não param de subir e estão sufocando a classe média. Enquanto isso, o que temos são motociatas e bravatas contra a esquerda, além do uso obsceno da religião como pauta de campanha e escora para tentar fazer o que mais sabe: difamar por meio da propagação de mentiras. Bolsonaro não fala uma vírgula sobre educação, saúde, habitação, segurança, saneamento, obras rodoviárias, ferroviárias ou de qualquer natureza. Votar nele de novo é colocar o País definitivamente no rumo do caos, sem volta.
Rafael Moia Filho, rmoiaf@uol.com.br, Bauru - SP
Triste círculo vicioso
Em agosto de 2018, Lula, preso, liderava pesquisas de intenção de voto para a Presidência. Não foi solto e o povo falido foi atrás do “mito”, que hoje tem o apoio só de seus cúmplices. Agora, Lula pode vencer em primeiro turno, não tem projeto para o País, mas voltou a agradar aos bancos e ao mercado. Ciro Gomes tem projeto, ficha limpa, mas desagrada aos que lucram com o nosso atraso político e social. Lula e Bolsonaro, triste círculo vicioso.
João Bosco Egas Carlucho, boscocarlucho@gmail.com, Garibaldi (RS)
Culpa da Dilma
Nada mais machista do que considerar as mulheres como as verdadeiras culpadas. Lembram-se de Rosinete Melanias, a secretária de PC Farias, que assinava cheques de contas fantasmas que eram usados para pagar despesas pessoais do presidente Fernando Collor? No fim, ele foi considerado inocente, mas a vilã Rosinete teve de pagar por sua participação no esquema. Lula anda por todo o País exibindo a sua inocência. No máximo, se houve alguma culpa no triplex, foi de dona Marisa Letícia (que descanse em paz). E quanto à tragédia da gestão econômica de Dilma Rousseff? Ora, deve ser creditada exclusivamente a ela, conforme Lula declarou no Jornal Nacional. E a coitada só colheu o que Lula plantou – e que ele deixou para que ela colhesse. Inclusive quanto às questões da lisura no trato da coisa pública que brotaram na gestão Dilma. Lula, fica feio jogar tanta pedra na Geni.
Jorge Alberto Nurkin, jorge.nurkin@gmail.com , São Paulo - SP
Lula ‘satisfeito’
Lula, segundo Janja, sua mulher, não necessitaria de jantar após a sabatina no Jornal Nacional, porque já tinha jantado os entrevistadores. O semideus petista, em 40 minutos, falou para quem ainda janta, a classe média, em cujas mãos está o veredicto eleitoral, ignorando os milhões de famélicos que não jantam, não almoçam nem tomam café da manhã. Convém, assim, lembrar as palavras de Marilena Chauí, filósofa e ideóloga petista, ditas em 2013, num evento que levou Lula a dar gargalhadas e a bater palmas de aprovação: “Eu odeio a classe média. A classe média é o atraso de vida. A classe média é estupidez. É o que tem de reacionário, conservador, ignorante, petulante, arrogante, terrorista. A classe média é uma abominação política, porque ela é fascista, uma abominação ética, porque ela é violenta, e ela é uma abominação cognitiva, porque ela é ignorante”. O reavivamento dessas cáusticas palavras, chanceladas por Lula, valerá uma eleição presidencial.
Túllio Marco Soares Carvalho, tulliocarvalho.advocacia@gmail.com, Belo Horizonte - MG
Segurança
Farmácias reféns do crime
Realidade triste a do Rio de Janeiro, em que boa parte do Estado é dominada pelo crime. Matéria do Estadão de 25/8 (página A18) mostrou que Milícias dominam 1,2 mil farmácias no Rio e ameaçam fiscais. As informações se baseiam num levantamento feito pelo Conselho Regional de Farmácia (CRF). Os milicianos – quadrilhas de policiais, bombeiros e criminosos comuns, com cobertura política, que se fortaleceram a partir dos anos 90 no Rio – extorquem esses estabelecimentos, com a promessa fajuta de garantia de proteção, e, para lavar dinheiro, obrigam seus proprietários a comprar mercadoria roubada. Por fim, quando fiscais do CRF-RJ aparecem, são ameaçados de toda forma. É como se o Estado do Rio fosse terra de ninguém. E, enquanto isso, o governador finge que está preocupado e o Planalto lava as mãos. Os empresários e a população dessas regiões, na realidade, vivem abandonados pelas nossas instituições. Uma vergonha!
Paulo Panossian, paulopanossian@hotmail.com, São Carlos - SP
QUE ALTERNATIVA?
Em editorial (O voto é exercício de liberdade, 24/8, A3), o Estadão ameaçou incentivar o eleitor a dar alguma atenção aos demais candidatos à Presidência além de Lula da Silva e Jair Bolsonaro. Realmente, os dois majoritários possuem características e passados não recomendáveis. O povo do País estaria em irremediável desgraça caso, como parece ser o caso, qualquer dos dois viesse a ser reeleito. Mas quem resta? O nome que teria alguma chance, desde que se esqueça o passado de profundas idiotices nas atitudes, respostas, palavras e sinais de autoritarismo coronelista, é Ciro Gomes. O próprio candidato alterou muito suas características passadas ao perceber que confirmaria mais uma derrota caso mantivesse a mesma atitude ofensiva do passado. Continua em baixa, mas pode até surpreender.
Ademir Valezi, valezi@uol.com.br, São Paulo - SP
CONTRA O VOTO ÚTIL
Temos muito tempo ainda para decidirmos em quem votar. Temos obrigação de conhecer os candidatos, suas propostas e suas equipes. De Bolsonaro e seu Centrão, sabemos o suficiente, assim como sabemos de Lula, seu PT e seu mais novo amigo de infância, Geraldo Alckmin. Vamos ouvir o que tem a dizer Ciro, que foi um bom governador e prefeito no Ceará, e Simone Tebet, que brilhou na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid e também é aprovada como prefeita na sua cidade (pena que não estejam juntos). É inacreditável que se vote em Bolsonaro para se livrar de Lula ou em Lula para se livrar de Bolsonaro. Temos tempo para virar o jogo, é o destino de mais de 220 milhões de brasileiros. No primeiro turno, voto útil não é solução.
Cecilia Centurion, ceciliacenturion.g@gmail.com, São Paulo - SP
HORÁRIO ELEITORAL
Desde a última sexta-feira, 26/8, os candidatos às próximas eleições estão no rádio e na televisão pedindo o nosso voto. É interessante que, em vez de desligar o aparelho, o ouvinte ou telespectador preste atenção no que ali é falado. É possível que alguma coisa dita possa definir a sua decisão de votar ou de não votar em determinado candidato. É para isso que existe a campanha em suas diferentes formas. O jogo do poder é bruto e a maioria dos concorrentes usa artifícios para benefício próprio e prejuízo dos concorrentes. Vem daí a radical afirmativa popular de que todo político é mentiroso, ou até de que seriam ladrões. Mas não é bem assim. Existem os mentirosos e até os desonestos comprovados, e também há muita gente boa e bem-intencionada. Daí é a conveniência do eleitor – para não perder a única oportunidade que tem de mudar o destino – de conhecer os candidatos, informar-se sobre o que já fizeram na vida, se são honestos e quais as propostas que apresentam para o caso de serem eleitos. É a única forma de não jogar fora o voto. Em vez de protestar se abstendo ou votando branco ou nulo, o eleitor insatisfeito será muito útil se conseguir encontrar o candidato de sua confiança ou, na falta deste, votar no “menos pior”. Agindo dessa forma, em vez de omisso, poderá ser o pêndulo positivo para decidir a eleição.
Dirceu Cardoso Gonçalves, aspomilpm@terra.com.br, São Paulo - SP
DEBATE NA BAND
Segundo se especula nos bastidores, Bolsonaro e Lula podem não participar do debate entre presidenciáveis realizado na Band no domingo, 28/8. Mais pela desistência – e covardia – do primeiro, que já se acostumou às mentiras, às manifestações dos apoiadores nas motociatas e aos "tapinhas" nas costas dos bajuladores, bem como aos elogios de parte da imprensa considerada poliana de plantão – ou aluguel – quando tenta colocar o presidente num pedestal e num lugar nas pesquisas que não merece. E, pelo que parece, num púlpito que deve recusar enquanto puder. Quanto a Lula, que acaba de dar "um banho" no Jornal Nacional, por estratégia de campanha também ficaria em casa assistindo aos outros candidatos falando dele e de propostas difíceis de serem colocadas em prática. Uma pena se isso se confirmar, uma vez que o Brasil perderá uma grande chance de saber quem é o melhor preparado e o que errou menos.
João Di Renna, joao__direnna@hotmail.com, Quissamã (RJ)
MEIA CORRUPÇÃO
Gostaria de avisar o candidato petista que, assim como gravidez, não existe meia corrupção. Não importa o valor, é ou não é. Não existe nenhum capítulo na Constituição afirmando que corrupção até um determinado valor é permitido e não é crime.
Vital Romaneli Penha, vitalromaneli@gmail.com, Jacareí - SP
EX-PRESIDENTE
Num país desenvolvido, com um verdadeiro regime democrático e um Poder Judiciário isento/apolítico, quer dizer, não aparelhado, a candidatura de Lula não seria possível.
Harald Hellmuth, hhellmuth@uol.com.br, São Paulo - SP
FRUSTRAÇÃO
A trajetória do PT na Presidência do Brasil frustrou a esperança do País dos nossos sonhos. Fernando Henrique Cardoso (FHC) entregou a Lula o Brasil pronto para alçar voo de águia, mas o resultado foi, com muitos deslizes, um voo de galinha durante 13 anos. A cobertura em Guarujá com elevador privativo. Constantes duvidosas palestras bem-remuneradas no exterior. Ao acobertar invasões e destruições em propriedade urbana e rural, inclusive de importantes pesquisas agrícolas, causou insegurança e desassossego às pessoas de bem. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) priorizou ditaduras africanas e americanas com empréstimos subsidiados, impagáveis, em detrimento de empresas brasileiras, foi um fiasco. O Foro de São Paulo, para avermelhar a América do Sul, foi um retrocesso democrático imperdoável e o Brasil quase venezuelou. A Petrobras não só foi vítima da maior corrupção da face da Terra abalando a sua estrutura, mas também a petroleira foi induzida a praticamente doar duas refinarias à Bolívia, além da aquisição da refinaria Pasadena, sucata que não funcionou após a compra, causou prejuízo de US$ 1 bilhão e ninguém foi responsabilizado. O inchaço da máquina pública inviabilizou investimentos. Obras importantes inacabadas, mas sorvedouros de recursos, a exemplo da transposição do Rio São Francisco para o Nordeste e a Refinaria Abreu e Lima, fruto do insucesso da parceria Lula/Hugo Chávez. Internamente se incentivou a discórdia de “nós contra eles”. Empresário, base do emprego, sempre considerado vilão. A Lei Rouanet, beneficiando muitos artistas apaniguados sem trabalhar. O presidente Lula chegou a Brasília com uma modesta bagagem e na saída levou 11 caminhões baú, sendo um deles climatizado para os vinhos (abrigados na adega em Atibaia, no famoso sítio dos pedalinhos com nomes dos netos). O crucifixo no gabinete presidencial desde Itamar Franco desapareceu com a saída de Lula. Apesar de duas condenações em três instâncias, estranhamente está livre, inclusive da Lei da Ficha Limpa, e lidera a pesquisa de intenção de voto, com real chances de se eleger – o que será o fim da picada, é um fake news ambulante piorado em relação à sua gestão anterior. Destaco: prometeu desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal, fazer o controle da mídia e venezuelarmos. Foram algumas das “heranças”, mas aos poucos o Brasil, apesar da covid-19 acrescida do palanque político e da agressão russa à Ucrânia, causadores de inflação e desestruturação mundial, além de boa parte da mídia ser contra e as inconvenientes interferências do Supremo Tribunal Federal (STF), graças a Deus e à patriótica direção, o nosso país sobrevive galhardamente e é destaque econômico e administrativo até no cenário internacional.
Humberto Schuwartz Soares, hs-soares@uol.com.br, Vila Velha (ES)
PLANO COLLOR
É surreal, triste e incrível a crueldade que vem fazendo o STF com os credores dos bancos em relação aos processos dos Planos Collor e Bresser. Estão suspensos há muitos anos, através de liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes. Muitos credores já partiram sem receber a devolução da diferença dos índices da poupança. O Supremo desconhece as agruras do povo que necessita da verba que por direito ao povo pertence e impede a tramitação dos processos lançando a plebe rude aos ricos e poderosos banqueiros. Os credores que recebam, se quiserem, as migalhas que o banco oferece, num acordo leonino, de no máximo 20% do que os mesmos teriam direito, enquanto isso legislam em causa própria aumentando seus proventos em 18% fora os penduricalhos e com lagostas e vinhos premiados em quatro concursos, conforme exigido pelo ministro Dias Toffoli quando presidiu o STF. O povo ainda tem pele de frango e um restinho de carne nos ossos bovinos. E triste vida que segue.
Carlos da Costa Coelho, ccoelho1@uol.com.br, São Paulo - SP
IMPOSTO DE RENDA
É de uma covardia e canalhice sem limites o que os vários governos vêm fazendo com a correção da tabela do imposto de renda.
Albino Bonomi, acbonomi@yahoo.com.br, Ribeirão Preto - SP
BICO BRASIL
O instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec), em parceria com o Instituto Cidades Sustentáveis, revelou que devido ao encarecimento do custo de vida, sobretudo dos alimentos, e à elevada inflação, quase metade da população brasileira – impressionantes 45% – não consegue se sustentar com o salário recebido, sendo obrigada a fazer algum tipo de bico. Entre as atividades citadas, estão faxina, manutenção, transporte de aplicativo, serviços gerais, produção de marmitas, venda de roupas e artigos usados. Com efeito, quando mais de 90 milhões de pessoas se veem obrigadas a fazer qualquer trabalho extra para complementar os baixos salários e garantir um mínimo padrão aceitável de sobrevivência, é hora de parar e repensar o País, antes que haja ruptura do tecido social e seja tarde demais.
J. S. Decol, decoljs@gmail.com, São Paulo - SP
SANEAMENTO BÁSICO
Em junho de 2020 foi aprovado no Brasil o novo marco regulatório do saneamento básico. O acontecimento despertou então a esperança de que um aumento substancial de investimentos na referida área suavizasse o tremendo déficit que faz do País um dos de pior situação no mundo civilizado no que diz respeito à capacidade de propiciar em larga escala o tratamento de esgoto e a distribuição de água potável. Esperava-se que uma considerável melhoria na qualidade de tais serviços atingisse um maior porcentual da população e permitisse a evolução para um quadro mais favorável da situação da saúde pública, o que certamente aumentaria o nível de qualidade das atividades ligadas à assistência médica pública, mal-avaliadas em quase todo o território nacional. Era natural também a expectativa de que as ações decorrentes diminuíssem o tamanho dos abismos das desigualdades sociais Brasil afora. Como está o panorama do setor hoje? Com a palavra, os políticos no poder que recorrentemente usaram a questão como bandeira em suas campanhas.
Paulo Roberto Gotac, pgotac@gmail.com, Rio de Janeiro - RJ
LEI DE MURPHY
Estranho que o candidato a governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, do partido Republicanos, afirmou em sabatina que vai acabar com a vacinação obrigatória dos servidores estaduais (Estado, 25/8, A14). Entende que a opção vacinal é de cada um. Como não sou médico, mas engenheiro, prefiro adotar a Lei de Murphy, quando afirma que se algo poderá dar errado, certamente dará. Com a pandemia da covid -19 ainda não erradicada, segundo os infectologistas, a vacina é a melhor defesa que podemos ter, não só individualmente, mas inclusive para não contaminar outras pessoas e propagar o vírus. O ex-ministro também afirmou que na vacinação da poliomielite sempre teve liberdade de escolha, e as mães vacinaram seus filhos. Se o ministro tivesse pego a pólio como eu, acredito que não pensaria assim. Na minha época, ainda não existia a vacina contra essa doença e a mudança na minha vida foi radical devido a isso. O Estado não pode deixar ao livre arbítrio dos pais escolherem se vacinam ou não seus filhos. Eles podem agir assim, inclusive por ignorar o perigo e, no caso, é dever do Estado defendê-los da negligência ou ignorância dos seus genitores. Aliás, se a pólio ressurgiu no Brasil, depois de controlada, é porque os pais estão negligenciando em vacinar seus filhos.
Gilberto Pacini, benetazzogp38@gmail.com, São Paulo - SP
FARMÁCIAS DO RIO
Num país onde já se viu de tudo em matéria de bandidagem, é estarrecedor o que revela a matéria Milícias dominam 1,2 mil farmácias no Rio e ameaçam fiscais, diz conselho (Estado, 25/8, A18). Como podem agir livremente as quadrilhas de policiais, de bombeiros e de criminosos comuns, com a cobertura de políticos, denominadas milícias, achacando algo como mil farmácias, sem contar o comando da distribuição de cargas roubadas? Depois do assalto à Petrobras com apoio de políticos, está aí mais um assalto milionário a ser esclarecido, uma vez que uma leva de poderosos milionários fardados vem se formando.
José Elias Laier, joseeliaslaier@gmail.com, São Carlos - SP
ENIGMA DO FORTE FANIQUITO
Só tenho um adjetivo para definir o artigo de Eugênio Bucci, Tchutchuca: ontologia ou faniquito (25/9, A8): magistral. Com uma qualidade literária refinada e muito senso de humor, me fez dar muito boas risadas. Que bom o brilhante jornalista ter-nos proporcionado uma leitura tão agradável mesmo em se tratando de uma tremenda confusão entre um frágil youtuber e o presidente cercado de fortes seguranças mas que no empurra-empurra ainda conseguiu carimbar e reduzir o chefe da Nação a um mero “tchutchuca do Centrão". Foi um feito e tanto e lavou a alma de muita gente. E o autor do artigo decifrou o enigma do forte faniquito como poucos.
Eliana França Leme, efleme@gmail.com, Campinas - SP
CORAÇÃO IMPERIAL
Há tempos, com a situação econômica adversa, uma lanchonete na Avenida Paulista, em São Paulo, pela franqueza ostensiva do proprietário, tinha o sugestivo nome O Engenheiro que Virou Suco. Agora, nas comemorações da data-pátria, num arroubo nonsense e ridículo do Itamaraty, coadjuvado pela chancelaria portuguesa, temos mais que patrioticamente O Imperador que Virou Picles. Definitivamente, o Brasil e d. Pedro I não mereciam isso.
A. Fernandes, standyball@hotmail.com, São Paulo - SP
Publicadas originalmente n'O Estado de S. Paulo, em 28.08.22