A Nova Zelândia ficou em primeiro lugar no levantamento, que foi elaborado pelo Lowy Institute, da Austrália. A Transparência Internacional divulgou seu índice de percepção de corrupção, e afirma que a resposta à pandemia está relacionada ao problema da corrupção.
Parentes de pacientes internados em Manaus fazem fila para compra de oxigênio no dia 18 de janeiro. — Foto: Bruno Kelly/Reuters
O Brasil foi o país que pior gerenciou a pandemia de Covid-19 no mundo, de acordo com um estudo publicado nesta quinta-feira (28) por um think tank (grupo de pesquisas) da Austrália.
O levantamento foi feito pelo Lowy Institute, de Sydney. Eles analisaram quase 100 países de acordo com seis critérios, como casos confirmados, mortes e capacidade de detecção da doença.
O Brasil tem quase 9 milhões de infecções confirmadas e 220 mil mortes, para uma população de 209,5 milhões de habitantes, segundo dados do consórcio de imprensa divulgados nesta quarta-feira (27).
A Nova Zelândia registrou 2.299 casos do novo coronavírus e 25 mortes desde o início da pandemia, em uma população de cerca de 5 milhões de pessoas. O país praticamente erradicou o vírus com fechamentos de fronteira precoces, bloqueios e testes de diagnóstico.
No vídeo abaixo, o país festeja o controle da pandemia:
"Coletivamente, esses indicadores indicam quão bem ou mal os países administraram a pandemia", diz o relatório desta instituição independente.
Além da Nova Zelândia, Vietnã, Taiwan, Tailândia, Chipre, Ruanda, Islândia, Austrália, Letônia e Sri Lanka estão entre os dez principais países que melhor responderam à pandemia.
No final da lista, além do Brasil, estão México, Colômbia, Irã e Estados Unidos.
Os piores do mundo
Em número total de mortes, o Brasil perde apenas para os Estados Unidos.
A China – onde o vírus surgiu no final de 2019 – não está incluída na lista por falta de dados de diagnóstico disponíveis ao público, segundo os autores.
De acordo com os autores do estudo, Pequim tentou agressivamente manipular a percepção pública de como estava lidando com a epidemia para provar que seu sistema autoritário é superior a governos democráticos, muitos dos quais fracassaram na crise.
O Lowy Institute afirma que, de maneira geral, a resposta à Covid-19 foi medíocre. "Alguns países administraram a pandemia melhor do que outros, mas a maioria deles se destacou apenas por seu desempenho insatisfatório", observa o estudo.
Corrupção e resposta à Covid-19
Outra entidade, a Transparência Internacional, divulgou seu índice de percepção de corrupção.
O Brasil ficou na 94ª posição do ranking, de um total de 180 países.
De acordo com a Transparência Internacional, países com menos corrupção foram os que conseguiram gerenciar melhor as crises de economia e saúde durante a pandemia de Covid-19. Trata-se de uma correlação que os analistas da ONG observaram, ainda que eles não tenham trabalhado com um modelo de dados de resposta à pandemia.
A conexão entre corrupção e coronavírus é algo observável no mundo, segundo a análise.
A Nova Zelândia ficou em primeiro no ranking de melhor percepção de corrupção. O pior país foi a Somália.
Veja abaixo os melhores colocados:
Nova Zelândia, Dinamarca, Finlândia, Suíça, Singapura
Os piores colocados foram os seguintes:
Venezuela, Iêmen, Síria, Sudão do Sul e Somália
Por G1, em 28/01/2021 10h33 Atualizado há uma hora
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