O número de mortes pela Covid-19 no Brasil passou de 95 mil, aponta o boletim das 13h do consórcio de veículos de imprensa formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo nesta terça-feira. Ao todo, são 95.078 óbitos. O total de contágios chegou a 2.759.436 Os números são consolidados a partir das secretarias estaduais de Saúde.
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As estatísticas da pandemia no Brasil são divulgadas três vezes ao dia. O próximo levantamento será divulgado às 20h. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde na gestão do interino Eduardo Pazuello.
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Desde o levantamento fechado da última segunda-feira, às 20h, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Roraima atualizaram suas estatísticas. Até o momento, são 7.771 casos de Covid-19 notificados pelas secretarias estaduais de Saúde desde a noite de ontem, além de 376 novas vítimas fatais.
Aos finais de semana, é comum haver um represamento nos números pelas secretarias estaduais em função do expediente reduzido, o que acaba sendo corrigido nos primeiros dias da semana. Normalmente, após uma pequena oscilação, os números voltam a crescer às terças-feiras no balanço fechado, às 20h.
Volta às aulas
A reabertura de escolas à medida que a pandemia de Covid-19 desacelera é algo que pode ser feito com sucesso, mas requer a testagem dos casos suspeitos e o rastreamento da maioria dos contatos dos infectados. Essa é a conclusão de um estudo liderado pela University College de Londres, que busca orientar a operação de retomada das aulas no Reino Unido.
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Apesar de ter sido ancorado na realidade britânica, o trabalho traçou vários cenários hipotéticos que podem ajudar a orientar os processos de reabertura em outros lugares.
“O relaxamento do distanciamento social no Reino Unido, que inclui a reabertura de escolas, precisa ser acompanhado de testagem de indivíduos sintomáticos e de rastreamento de contatos efetivo em grande escala, seguido de isolamento dos casos infectados”, escreveram os pesquisadores, liderados pela epidemiologista Jasmina Panovska-Griffiths.
Desigualdade
Levantamento inédito feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) aponta que foram abertos até junho no Brasil 19.825 novos leitos de UTI exclusivos para tratamento de Covid-19 - 44% deles (8.764) no Sistema Único de Saúde (SUS), e os demais na rede privada. Junto ao acréscimo de leitos, um alerta: a expansão manteve a desigualdade na distribuição de leitos pelo país, tanto geográfica quanto na relação entre sistemas público e privado.
As regiões que já concentravam o maior número de leitos de UTI foram justamente as que mais receberam novas instalações para receber pacientes com Covid-19, mantendo-se o déficit histórico de unidades de tratamento intensivo em vários estados.
Segundo o levantamento, o Sudeste concentra hoje 24.621 (52%) das unidades de terapia intensiva convencionais de todo o país: detém 46% do total de leitos públicos e 59% dos privados. Já o Norte tem a menor proporção: apenas 2.489 (5%) de todos os leitos, sendo 6% dos leitos públicos e 4% dos privados.
Brasil nos holofotes
Em entrevista ao GLOBO no último domingo, o editor-chefe da revista científica Science, Holden Thorp, afirmou que o fato de o Brasil ter a segunda maior taxa de infecção e mortalidade do mundo, atrelado a elemento sociais e políticos, tornou o país objeto de especial interesse do meio científico.
Thorp, que é químico e foi reitor da Universidade da Carolina do Norte (EUA), traça ainda um paralelo entre a retórica anticiência de lideranças como os presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump, dos Estados Unidos, e os números alarmantes da Covid-19 em seus países.
Vírus avança no Brasil
O mais recente boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde relatou que 5.475 municípios brasileiros, ou 98,2% de todas as cidades do país, têm pelo menos um caso de Covid-19 confirmado.
O documento revela que 134 municípios registraram seus primeiros casos entre a 29ª semana epidemiológica da doença (12 a 18 de julho) e a 30ª (19 a 25 de julho). Os dados são da última quarta-feira, e serão atualizados na semana que vem.
O coronavírus passa por um processo de interiorização no país. Na 13ª semana epidemiológica da pandemia (de 22 a 28 de março), 87% dos casos novos eram oriundos das capitais e regiões metropolitanas. Ao final da 30ª semana epidemiológica, porém, este índice caiu para 42%.
Fonte: O Globo, boletim das 13,00 hs
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