Marina
foi a Londres unicamente para, a convite do Comitê Olímpico Internacional, o
COI, compor o seleto grupo de celebridades incumbido de desfilar com a bandeira
branca das Olímpiadas, levando-a ao pódio.
Todas
as despesas foram pagas pelo Comitê e o convite só lhe chegou com três dias de antecedência
com a cláusula de absoluto sigilo. Tirando seu marido e os filhos, ninguém mais
ficou sabendo no Brasil.
Em
Londres, ainda por conta do sigilo, Marina foi mantida numa concentração,
isolada num local até momentos antes da cerimonia da qual seria, e foi, uma das
poucas figuras centrais.
Ora,
se Marina simboliza para o resto do mundo a luta em defesa da natureza, e sendo
do Brasil onde há mais desmatamentos hoje, é lógico que ela seria presença
incomoda para o Governo brasileiro.
Incabível
consultar antes os miolos do Planalto, alguns dos quais, depois, confirmaram que haveria o veto, caso tivesse
havido a consulta.
No
hotel, em Londres, onde foi hospedada, Marina falou ao O Estado de São Paulo:
- Não acho que a gente deve apequenar isso em
uma disputa politica. Aqui é o interesse maior do Brasil. Isso me entristece.
(...)
-
Meu apelo é para a Presidente Dilma: que a causa que eu represento, e ali não era
eu como figura politica, não seja uma afronta para o Brasil, que seja uma
dadiva. Porque eu tenho respeito pelo Brasil, pela nossa historia e a
Presidente Dilma sabe como, na minha divergência, eu sou leal. As pessoas com
as quais eu convivi durante 30 anos não são meus inimigos.
-
Do mesmo jeito, eu fico feliz de ver as autoridades brasileiras cumprindo o seu
papel num evento dessa magnitude, eu imaginava que, nesse momento, eles não misturariam
as coisas. Eu estou aqui em nome de uma causa que na história do Brasil é de
todos nós. Começou lá atrás com o Chico Mendes e o Presidente Lula, como
companheiro do Chico Mendes, tem participação nisso.
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