quinta-feira, 5 de julho de 2012

Curul


Jose Reinaldo não dissimula seu desencanto politico com a jovem guarda que no seu tempo de poder tanto lhe afagou. E foi por ele afagada.
Vocês estão sabendo aí que a depender da nova juventude, Jose Reinaldo já não é mais o líder das oposições.
Nem mesmo do seu partido, o PSB, que já não tem mais Vice para a chapa do Castelo.
Roberto Rocha não só retomou a chefia municipal do PSB como tambem conseguiu, em Brasília, destituir toda a direção estadual que o havia destituído em São Luís.
Jose Reinaldo ainda nem sabia dessas coisas e, a proposito do Roberto, já havia escrito e publicado: 

- Para concluir, foi deplorável a ação dos “novos na política” na amalucada intervenção na convenção do PSB, ocorrida recentemente em São Luís. Ao que parece, tudo leva a crer ter sido uma combinação entre o presidente da convenção municipal do PSB e os “novos” para impedir a votação por meio da qual se decidiria o posicionamento que o partido teria acerca de duas chapas: uma pró-Castelo e a outra pró-Edivaldo, com Roberto Rocha de vice. No episódio, viu-se de tudo. 

Impediram que o partido tivesse o numero mínimo de credenciados para iniciar a votação. Impediram ainda que o partido decidisse democraticamente, pelo voto de seus filiados, qual o rumo a seguir. Como fizeram isso?

A convenção foi marcada para as 9 horas da manhã, mas Roberto Rocha, que a presidia, permitiu, depois de muito tumulto e protestos, que o credenciamento dos filiados para votar só começasse à tarde, em um atraso aparentemente sem explicações, mas deliberado dentro de um plano seguido à risca. 

Logo depois, começaram a chegar dezenas de ônibus repletos de pessoas vindos da convenção de Edivaldo, todos com a ficha amarelinha de filiação do PSB nas mãos e começaram a invadir o local de credenciamento do PSB.

Aquilo chamou a atenção, pois o verdadeiro filiado não anda com a ficha na mão, já que seu nome faz parte das listas de filiados do partido. Ademais, para votar é obrigatório que a filiação tenha prazo maior do que 60 dias para evitar fraudes de última hora.

Um policial que trabalha comigo viu uma porção de amigos seus, moradores de seu bairro, chegando para votar e, ao perguntar se eram do PSB, eles lhe disseram: 

“Estávamos recrutados para a convenção do PTC e aí nos pediram para vir para cá após assinarmos essa ficha para votar num tal de Fernando”. 

O policial perguntou: “Não seria Roberto Rocha?” E recebeu a resposta: “É esse mesmo”. Pediram que fôssemos para o credenciamento e que haveria uma pessoa para dizer o que devíamos fazer. Depois disso, voltaríamos para a convenção do Edivaldo”. E perguntou por fim o que ganharam para fazer aquilo e a resposta foi: “Alguns, como eu, combustível e outros, uma ajuda”.

Essas pessoas, eram centenas, ocuparam a fila do credenciamento e não deixaram que os verdadeiros filiados, aptos a votar, se credenciassem, até que, cansados e enfadados, foram para casa. 

Com efeito, os “novos”, os renovadores da política maranhense, impediram e interferiram violentamente para que o partido, que sempre foi aliado, escolhesse democraticamente no voto o seu rumo, achando que assim poderiam decidir por uma decisão monocrática o rumo do partido. Esse voto seria do presidente municipal do partido, que era vice da chapa de Edivaldo.

Esse tipo de violência e de vale-tudo na política maranhense era prática de poder da oligarquia. Não fica nada bem e traz prenúncios terríveis para o que pode vir por aí com tal tipo de procedimento. Evitar a democracia é tudo que não precisamos e lutamos para evitar na política do Maranhão.

Foi um péssimo começo dos “novos”, inexplicável.

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