Jose
Reinaldo não dissimula seu desencanto politico com a jovem guarda que no seu
tempo de poder tanto lhe afagou. E foi por ele afagada.
Vocês
estão sabendo aí que a depender da nova juventude, Jose Reinaldo já não é mais
o líder das oposições.
Nem
mesmo do seu partido, o PSB, que já não tem mais Vice para a chapa do Castelo.
Roberto
Rocha não só retomou a chefia municipal do PSB como tambem conseguiu, em
Brasília, destituir toda a direção estadual que o havia destituído em São Luís.
Jose
Reinaldo ainda nem sabia dessas coisas e, a proposito do Roberto, já havia
escrito e publicado:
-
Para concluir, foi
deplorável a ação dos “novos na política” na amalucada intervenção na convenção
do PSB, ocorrida recentemente em São Luís. Ao que parece, tudo leva a crer ter
sido uma combinação entre o presidente da convenção municipal do PSB e os
“novos” para impedir a votação por meio da qual se decidiria o posicionamento
que o partido teria acerca de duas chapas: uma pró-Castelo e a outra
pró-Edivaldo, com Roberto Rocha de vice. No episódio, viu-se de tudo.
Impediram
que o partido tivesse o numero mínimo de credenciados para iniciar a votação.
Impediram ainda que o partido decidisse democraticamente, pelo voto de seus
filiados, qual o rumo a seguir. Como fizeram isso?
A convenção foi
marcada para as 9 horas da manhã, mas Roberto Rocha, que a presidia, permitiu,
depois de muito tumulto e protestos, que o credenciamento dos filiados para
votar só começasse à tarde, em um atraso aparentemente sem explicações, mas
deliberado dentro de um plano seguido à risca.
Logo depois, começaram a chegar
dezenas de ônibus repletos de pessoas vindos da convenção de Edivaldo, todos
com a ficha amarelinha de filiação do PSB nas mãos e começaram a invadir o
local de credenciamento do PSB.
Aquilo chamou a
atenção, pois o verdadeiro filiado não anda com a ficha na mão, já que seu nome
faz parte das listas de filiados do partido. Ademais, para votar é obrigatório
que a filiação tenha prazo maior do que 60 dias para evitar fraudes de última
hora.
Um policial que
trabalha comigo viu uma porção de amigos seus, moradores de seu bairro, chegando
para votar e, ao perguntar se eram do PSB, eles lhe disseram:
“Estávamos
recrutados para a convenção do PTC e aí nos pediram para vir para cá após
assinarmos essa ficha para votar num tal de Fernando”.
O policial perguntou:
“Não seria Roberto Rocha?” E recebeu a resposta: “É esse mesmo”. Pediram que
fôssemos para o credenciamento e que haveria uma pessoa para dizer o que
devíamos fazer. Depois disso, voltaríamos para a convenção do Edivaldo”. E
perguntou por fim o que ganharam para fazer aquilo e a resposta foi: “Alguns,
como eu, combustível e outros, uma ajuda”.
Essas pessoas, eram
centenas, ocuparam a fila do credenciamento e não deixaram que os verdadeiros
filiados, aptos a votar, se credenciassem, até que, cansados e enfadados, foram
para casa.
Com efeito, os “novos”, os renovadores da política maranhense,
impediram e interferiram violentamente para que o partido, que sempre foi
aliado, escolhesse democraticamente no voto o seu rumo, achando que assim
poderiam decidir por uma decisão monocrática o rumo do partido. Esse voto seria
do presidente municipal do partido, que era vice da chapa de Edivaldo.
Esse tipo de
violência e de vale-tudo na política maranhense era prática de poder da
oligarquia. Não fica nada bem e traz prenúncios terríveis para o que pode vir
por aí com tal tipo de procedimento. Evitar a democracia é tudo que não
precisamos e lutamos para evitar na política do Maranhão.
Foi um péssimo começo
dos “novos”, inexplicável.
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