Não
lembram que as câmeras de segurança flagraram a onça deixando a área do
estacionamento do nosso Superior Tribunal de Justiça indo a caminho do prédio
principal onde estão os Ministros e os processos?
O
STJ processa e julga originariamente os Governadores, os Desembargadores, os
Conselheiros dos Tribunais de Contas dos Estados, os membros do Ministério
Público que atuam perante os Tribunais federais e não só.
Através
do Recurso Especial o STJ pode desconstituir as decisões dos Tribunais dos
Estados ou dos Tribunais Regionais Federais tudo de modo a fazer valer,
consoante a sua interpretação, a unicidade do direito nacional federal.
Então,
a pergunta que há quase duas semanas não quer calar é – o que
aquela onça, uma suçuarana, estaria a querer em pleno horário do expediente no
nosso mui indispensável conquanto volta e meia tão injuriado Superior Tribunal
de Justiça?
É
sabido pelos estudos dos biólogos que a onça suçuarana, que tem o nome
cientifico de puma concolor, circula pela aí com vários pseudônimos. Dependendo
da ocasião, ela pode ser uma cougar, uma Jaguaruna ou apenas a onça-parda.
A
felina do STJ, ou a gatona do STJ, também assim chamada, é um mamífero da
família dos felídeos, família essa ainda não identificada no Maranhão em
eventuais ascendentes, descendentes, colaterais ou mesmo por adoção, nada de
modo a ensejar algum tipo de reprovação moral popular ou mesmo inelegibilidade.
Como
ainda não foi possível lhe aferir o sexo, ou seja, o gênero, o que uma lei
federal sancionada recentemente não mais permite chamar a alguns diversos com
tratamentos iguais, tipo assim – se um é unha, o outro é unho, é bem possível
que a onça do STJ nem a seja, porquanto, quem sabe, não se trate de um onço? O
masculino de estrela seria estrelo.
Convém
não desviar o foco – o que, afinal, pretendia àquela hora nas cercanias do STJ
a onça suçuarana disfarçada em leão da montanha, como também é conhecida pelos
biólogos, a caminho do prédio principal depois da farejar automóveis no
estacionamento?
A
insensatez do seu poder destruidor não se destinaria, é claro, a destruir
processos interrompendo demandas que se arrastam há anos e, assim, quem sabe,
em razão da morosidade causada, gerar algum incomensurável lucro para um dos
lados.
Esse
quesito – destruição ou sumiço de processos – já inspirou em tentações outras
não a uma onça propriamente dita, mas a farejadores humanos e a noticia mais
recente, quanto isso, vem do Maranhão onde dois assessores da ínclita Corte
estadual foram presos quando pegavam grana em troca do sumiço de um processo.
Armação pura, casca de banana e eles pisaram, contesta a defesa. Embora o
flagrante tenha se dado num lugar bem arborizado é certo que não havia nenhuma
suçuarana por perto.
A
onça do STJ, dizem os biólogos, é de um tipo espreiteiro - emboscador que adora
comer ovelhas e, também, gado domestico, espécies que não costumam passear nem
pelas cercanias nem pelos interiores da nossa maior Corte infra –
constitucional.
Pode
ser que a onça, ou o onço, peruando o prédio do STJ, esteja querendo é repassar
a quem interessar possa algum aviso a alguns amigos não necessariamente amigos
da onça, ou do onço. Afinal, há uma verdade que ninguém pode deixar de levar a
sério - quem avisa, amigo é.
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