As orações de ultimamente tem sido para a Nossa Senhora do Silêncio. Tudo para que derrame suas graças sobre o presídio de segurança máxima onde está preso à disposição da Justiça Federal o popular Carlinhos Cachoeira.
Há um receio generalizado não só em Goiás, mas também em Brasília, que Cachoeira, escutado apenas através dos grampos da Policia Federal, saia do off the records no qual tem se mantido e conte tudo em on sobre todos.
Advogado melhor e mais classudo, mais experiente nas formulações e mais acatado nos meios forenses do que Márcio Thomaz Bastos, Cachoeira não encontraria em lugar nenhum deste Brasil.
Quem sabe das coisas em Brasília anda dizendo que essas coisas de agora são só a ponta da cabecinha do monstro devorador de reputações que, se provocado, se desvenderá por inteiro.
Andressa, a jovem empresária mulher de Cachoeira, está indo visitá-lo toda semana, sempre às quintas feiras, no presídio em Natal, RN. Ao Correio Braziliense hoje ela diz sobre as visitas:
– “Dou apoio psicológico. Carlinhos está sabendo de tudo, está chateado e não quer causar mais constrangimento. A gente acredita que ele está para sair. Acreditamos muito nos novos advogados dele, no doutor Márcio, que vai impetrar um novo habeas corpus em breve. No presídio federal, o Carlinhos tem bons cuidados, tirando as limitações. Ele vai sair logo, logo.
Em sua coluna em O Globo, Ilimar Franco, outro muito bem informado, registra, de leve, como diria o Ibrahim, que “o escândalo Carlinhos Cachoeira calou a troante bancada da contravenção no Senado”.
Um comentário:
Olá Senhor Ministro Vidigal. Meus respeitos, extensivos à Dona Eurídice e aos que lhe rodeiam.
Essa estória (é, eu quis escrever "estória", mesmo) Carlinhos Cachoeira + Demóstenes faz lembrar um Sargento (de apelido Moinho) lá da minha Fortaleza, nos tempos do Cordeiro Neto, General que nunca foi. Foi para a Reserva Remunerada como Tenente Coronel e alcançou sem que se saiba como, o posto de Coronel. E, naqueles idos, quem chegava a Coronel, engabelava uns trouxas e dizia que tinha saído "General". Em solenidades "oficiais" pelos bairros da capital alencarina, Cordeiro Neto tinha o hábito de usar a farda e os adereços de General.
Pois, Sargento Moinho, depois de mais de 30 anos de serviço, usando as benesses (passagem gratuita nos ônibus, acesso gratuito a eventos onde eram cobrados ingressos ao público, etc.) da "função", foi promovido a Cabo e, dali para a Reserva da Guarda Municipal de Fortaleza. Mas ele se dizia "Sargento"!
Pois, Sargento Moinho era assim apelidado porque gostava de "desviar a atenção" das pessoas dos fatos reais para, dali, tirar proveito em benefício próprio.
É, sem tirar nem pôr, a mesma situação da "estória Demóstenes" na Política Brasileira.
Não é possível que, onde se "faz política" (sabe-se que é no Distrito Federal) não exista ninguém para avisar para esses fazedores dessa política que, o Brasil não é um país só de trouxas, tampouco de idiotas.
Todos já perceberam que a "estória Demóstenes" não tem o tamanho nem a importância que Brasília quer apresentar. Todos entendem que a intenção é "tirar o foco" do Mensalão, ganhando tempo, adiando para não coincidir com as decisões da política que venham interferir na realização do pleito de outubro.
Mas o General Cordeiro Neto e o Sargento Moinho já se foram dessa para uma melhor. O Brasil é outro, embora atos e decisões ainda sejam os mesmos do passado, que teima em não nos largar de mão.
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