Imagine que em algum ponto de uma mangueira fina e flexível tenha ocorrido, talvez por excesso de lodo, um entupimento.
Se a mangueira segue entupida acaba estourando e, pior, o precioso líquido que ela conduz não chega ao destino.
A solução mais prática é cortar na parte entupida, fazer uma emenda e pronto. O precioso líquido pode seguir.
O corpo humano depende de mangueirinhas, conhecidas como veias pelas quais circula o sangue levando oxigênio ao cérebro e ao coração, por exemplo.
Se uma veia entope, melhor dizendo, se fica obstruída, geralmente por gordura acumulada e falta de exercícios físicos, e não se trata de desentupi-la a tempo, adeus rosa.
A lógica é a da hidráulica. O cano entupiu? Desentope. No caso dos pacientes, como Sarney, constatou-se em entupimento numa veia e daí as fortes dores de cabeça que ele sentia.
Neste momento Sarney está na UTI/Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, respirando com a ajuda de aparelhos depois da cirurgia desta madrugada em que lhe colocaram um stent, uma espécie de tubo muito utilizado ultimamente nos pontos de entupimento para prevenir a pressão do fluxo sanguíneo.
Muita gente, até bem mais jovem, anda por aí com os seus stent’s nas veias e conheço um que depois de uns uísques até fuma um charuto.
Sarney, hoje com 82 anos, diz que nunca fumou na vida. A primeira vez que, adolescente, pegou num cigarro foi reprimido pelo avô, o qual lhe obrigou a fumar um charuto inteiro. Daí o seu horror a tabaco.
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