A Alcoa não descarta a hipótese de reduzir as atividades de sua subsidiaria no Maranhão, podendo até encerra-las, porque já registraria quedas em seus faturamentos, em razão, principalmente, dos baixos preços impostos pela concorrência no mercado internacional.
A essa informação se agregam mais duas. A primeira é que estaria para vencer o prazo das isenções fiscais dadas a titulo de incentivo para que a multinacional se instalasse no Estado.
A segunda noticia dá conta de demissões em massa mandando à vala comum do desemprego mais de 5 (cinco) mil chefes de família que dependem de forma direta ou indireta do funcionamento da Alcoa/Alumar no Maranhão.
Os lideres da Força Sindical no Estado dizem que isso é terrorismo e que noticias semelhantes já circularam em outras ocasiões sempre que se aproxima a época da negociação da atualização dos salários.
Uma Comissão da Assembleia Legislativa se reúne com representantes da multinacional e dos empregados porque o Maranhão, ah coitado, não pode prescindir de um empreendimento como esse da Alcoa.
Isso tudo se desmonta com as noticias que vem agora dos Estados Unidos, onde as ações da empresa crescem por conta de um lucro classificado como surpreendente no primeiro trimestre deste ano – 6 (seis) bilhões de dólares.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos e funcionário da Alumar, José Maria Araújo, denuncia que isso é manobra da Alcoa para amedrontar a categoria e impedir a paralisação das atividades em busca de uma correção de 11% nos salários.
- “a Alumar já arquitetou outras farsas no passado”. Afirma José Maria.
Ele lembra que a Alcoa/Alumar possui mina própria de extração da bauxita, termoelétrica, ações em hidrelétricas, incentivos governamentais do BNDES e contrato de energia subsidiada válido até 2024, pagando pela energia praticamente a metade do valor pago pelo consumidor comum.
“A realidade da maior empresa de produção de alumínio do universo no Maranhão é caprichosa, - acrescenta José Maria Araújo. Na linha de produção em São Luís foi implantado de uma jornada de trabalho extenuantes, pagando um dos piores salários do mundo no setor.”
“O grupo Alcoa possui 25 fábricas de alumínio no mundo; a receita global somou US$ 24,9 bilhões em 2011. Nos anos 80 veio ao Maranhão com a promessa de gerar 10 mil empregos, tem gerado na prática: terceirização fraudulenta, doenças, acidentes fatais e transtornos psicológicos”, avalia o líder dos trabalhadores.
O líder dos trabalhadores contesta a possibilidade de fechamento da Alumar, ressaltando que o Brasil tem estabilidade económica e política, sendo hoje a sexta economia mundial, com perspectiva de crescimento e expansão do mercado interno, a exemplo da realização das olimpíadas, copa do mundo e pré-sal.
A posição geográfica do Maranhão no mapa mundi também oferece às empresas exportadoras vantagem competitiva propícia ao negócio, por não causar riscos como apagões e terremotos.
"Falar em falência é um absurdo; os boatos e farsas objetivam confundir a opinião pública e prejudicar os trabalhadores”, conclui.
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