Lula parece estar tirando de letra a depressão comum aos que, como ele agora, recebem notícias ruins como essa de que estando com um câncer em estado médio na laringe terá que fazer radioterapia, quimioterapia ou, em hipótese final, cirurgia para extrair o tumor agora medindo 3 centímetros de comprimento.
Em tom de brincadeira Lula pergunta vez por outra se no carnaval vai estar careca e poucos entendem a dimensão da brincadeira. Ele se reporta àquela marchinha carnavalesca – é dos carecas que elas gostam mais, iê, iê...
A outra pergunta freqüente é se vai ficar mudo, referindo-se a um daqueles três macaquinhos – um que não vê nada, outro que não ouve e o ultimo que vê e ouve tudo, mas não fala nada.
Jorge Goulart, aquele cantor marido da Nora Ney, que soltava o vozeirão só faltando rachar as paredes com as primeiras estrofes de “Jeeezeeebeeel... a dor que trago em meu peito, etc” foi muito perseguido, não só ele, também a sua mulher, pela ditadura militar.
Nora Ney é a dona daquela voz que cantava num compacto de vinil para o Centro Popular de Cultura da UNE o samba de Carlinhos Lira e Oduvaldo Viana Filho, “João da Silva, cidadão sem compromisso / não manja disso / que o francês chamar larjant / pagando royalties / dinheiro disfarçado / é tapeado desde as 5 da manhã... etc...” Essa letra é primor de lição de cidadania brasileira.
Pois o casal, e o Jorge mais por conta do sobrenome forte e banido do País à época, foi muito perseguido e acabou indo para o exílio. O Jorge voltou com a anistia, mas trazendo um câncer na laringe. Nunca mais voltou a cantar.
Não é o caso do Lula que descobriu o câncer a tempo de ser tratado.
Há quem diga que esse câncer foi a maldição do cocar de índio que ele aceitou usar em Manaus um dia antes de viajar para o exterior. A Dilma também usou. O doutor Ulisses tinha horror a cocar de índio. Nunca deixou que o colocassem sobre sua cabeça.
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