Leio que a estatal do turismo nacional, a Embratur do Flávio, estaria desembolsando 354 mil reais, uma ninharia vamos convir, para divulgar as diversidades culturais e naturais do Maranhão na Europa e, assim, encantar portugueses e espanhóis que viriam gastar uns euros por aqui.
Chegando hoje essas levas de turistas logo se encantariam com o nosso primeiro cartão de visitas que é essa belezura de aeroporto do tirirical, resumido há meses, depois de uma chuva com ventos, a um tumulto só num barracão de lona.
Chegando a algum dos nossos hotéis, os turistas atraídos por essa campanha internacional de 354 mil reais logo se assustariam com os preços das diárias, superiores ao que se consegue pagar no Rio de Janeiro ou São Paulo, e mais que o dobro dos melhores hoteis na Ricoleta, em Buenos Aires.
Indo passear pela cidade, veriam o Património Cultural da Humanidade, no caso São Luís antiga caindo aos pedaços e o ar em muitos logradouros contaminados por ácido úrico.
Satisfeitos com a qualidade dos serviços, quereriam conhecer mais belezas, agora no interior, os badalados lençoes maranhenses. O aeroporto de Barreirinhas está há anos interditado. Como interditados estão os aeroportos de Bacabal, o de Pinheiro, e de resto todos os demais ainda restantes pelo interior, excetuando apenas o de Imperatriz e Carolina.
Nada de via aérea. Turista no Maranhão tem que ir de carro passeando o olhar na paisagem. Vai nessa de ficar olhando paisagem e não fica de olho na buraqueira à frente. O último que nem olhou a paisagem porque já era noite morreu num capotamento.
Esse programa de conhecer as diversidades culturais e naturais do Maranhão ficaria completo se incluísse os prodígios da nossa diversidade politica. É a esses espécimes que o Maranhão muito deve por estar sobrevivendo há mais de quatro décadas de abandono e miséria.
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