segunda-feira, 11 de abril de 2011

Podres Poderes


Nem Melo e Póvoas, o sobrinho querido do Marques de Pombal, no Maranhão Colônia, nem Urbano Santos, um cacique bem letrado no Maranhão da República Velha, tiveram tanto prestigio e poder  político junto ao poder central quanto esta jovem senhora, filha mimada de um dos homens mais poderosos do Brasil, desde a ultima ditadura militar aos dias de hoje.

Somam-se agora os 100 primeiros dias de um 4º mandato, outro recorde pois ninguém em quatro séculos de Maranhão, desde a chegada dos franceses, ocupou o poder no Estado com tanto poder e por tanto tempo!

E o que nos salta da memória ou o que nos desponta à vista a não ser esse caos generalizado na segurança, na saúde, na educação, na infra-estrutura, o Maranhão em disputa permanente com regiões mais atrasadas pelo primeiro lugar em tudo que não presta?

Isto tudo e mais ainda a perversão nos costumes, o apedrejamento público da honra alheia, o envenenamento da ética, a derrocada da moral, a disseminação dos maus exemplos, a impunidade, a corrupção política reinando soberana.

Todo dia a mais, ainda que somando meses e alcançando a casa dos anos, será igual um a outro.Mediocridade e desonestidade não carecem de medidas. Cada uma em si é ela só.

Enquanto estiver infiltrada nas oposições essa indisposição cívica para a luta sem tréguas nossas expectativas não farão uma canção.

Enquanto estiver infiltrada nas oposições essa predominância do faz de conta, de olhar graúdo dividindo-se entre aspirações pessoais corriqueiras, nossas energias continuarão diluídas e a luz apontando o caminho certo não se acenderá.

Sem um projeto político de Estado fixando metas firmes para o Maranhão no século 21, com idéias novas e respostas consistentes aos desafios nessas décadas todas da dominação deles que tanto aperreiam a vida do nosso Povo, refém da pobreza política e do atraso social, não mereceremos o respeito das legiões que ainda lutam nem a credibilidade das novas gerações que despontam alvissareiras.

Entristece-me ver a cada dia no Maranhão pessoas aéticas, sem compromissos programáticos com as questões coletivas, só tirando proveito político para suas ambições e negócios pessoais, muitos inclusive ocupando espaços na política e aderindo à emergência no plantão, ao sabor de suas conveniências.

Eu sei que é difícil enfrentar isso tudo. Mas acredito na conscientização do Povo, na força do seu despertar, na unidade e disposição de luta dos verdadeiros  oposicionistas para que possamos fazer juntos essa quase impossível travessia do mar vermelho nos livrando da escravidão do Faraó e partindo livres para a construção do nosso futuro na terra prometida, que é aqui mesmo, o nosso Maranhão. 

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