Quando Caetano Veloso lançou, logo no primeiro pacote da Tropicália, o Super Bacana, aquele rock em que diz – toda essa gente se engana, ou finge que não vê que eu nasci prá ser o super bacana e termina com os super da época, super homem, super flit, super ist... – não se falava ainda em super faturamento.
A Policia Federal calcula que há hoje superfaturamento de pelo menos 700 milhões de reais num lote de apenas 303 obras, até aqui inspecionadas.
De cada 100 reais desembolsados pelo poder público, 29 reais, em média, foram superfaturados.
Cerca de 30% do dinheiro público aplicado em prédios, obras viárias, sistemas de esgoto, portos e aeroportos segue a rota do ralo da corrupção, nos três níveis de gestão – municipal, estadual e federal.
Além do superfaturamento, há, como se sabe, uma miríade de artifícios criada pela imaginação de políticos e governantes com o intuito de alimentar suas campanhas e contas bancárias. Casos de fraudes em concorrências, propinas, caixa dois, comissões e pagamentos por tráfico de influência são corriqueiros no noticiário político, por vezes demasiadamente próximo da crônica policial.
Um comentário:
Queres o resultado disso?
Procure ver se algum gestor público reclama da qualidade da obra, de atraso dos dias para execução, enfim, não faz nada. E, como tudo fica assim mesmo, fica evidente que "ali teve".
Agora, o que não dá entender é que as instituições públicas que existem para esse fim (PF, Ministério Públicos e afins) não façam absolutmente nada. Por omissão, permitem imaginar que "aí também tem".
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