A Costa Rica, pequeno País da América Central, com 3 milhões de eleitores, acaba de eleger a primeira mulher, Laura Chinchilla, para Presidente da República.
O que chama a atenção não é bem isso, o resultado da eleição e uma mulher sendo eleita, mas os quase 20 milhões de dólares que rolaram na campanha eleitoral, o que vem a ser um exagero considerando-se o tamanho do País, menor que o Piauí e com eleitorado inferior ao do Maranhão.
O perigo está em que a democracia começa a se tornar mercadoria, aliás, muito cara, e a República, garantidora da alternância no Poder, com esse custo operacional, começa a perder substancia.
O poder político que se consolida formando oligarquias e que só admite aliança com o poder econômico, e nunca com o poder do povo, vai se tornando cada vez mais incontrastável na medida em que os cargos públicos, providos mediante eleição, vão se transformando em objetos de um indisfarçável leilão.
Os obstáculos legítimos a essa desenfreada escalada em busca do poder só se tornarão intransponíveis com o crescimento da cidadania, a qual não se constrói sem educação e audacioso ativismo político.
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