Michelleti, o presidente de fato de Honduras, deu prazo de 10 dias para o Brasil resolver se dá asilo a Zelaya, o presidente deposto, ou se o entrega para ser julgado.
Zelaya é o presidente eleito que numa madrugada foi arrancado da cama no palácio presidencial e de pijama levado preso, embarcado num avião e largado na Costa Rica.
O golpe foi dado com o apoio da Suprema Corte e a acusação foi a de que ele conspirava para obter nas urnas um segundo mandato.
Zelaya, na verdade, queria emendar a Constituição de Honduras para através de um plebiscito a população resolver se aprovaria ou não uma emenda de reeleição.
No Brasil isso aconteceu sem plebiscito. O Congresso emendou a Constituição instituindo a reeleição, uma vez só, para os três níveis de executivo, e pronto.
Michelleti é aquele gordinho de óculos, cabelos grisalhos, exuberando valentia, que aparece na televisão no noticiário sobre Honduras. Ele joga pesado com todo mundo que queira resolver o problema de forma negociada.
Lula é o único ate agora que não tem se intimidado e disse que não aceita ultimato de golpista. Lula está certo. Ele defende princípios democráticos. Valores republicanos. Nós já tivemos isso no Brasil algumas vezes. A última vez durou mais de 20 anos.
E se essa onda golpista pega, amiga, amigo, pode acabar em pororoca de ditaduras, de novo, no continente onde as instituições democráticas não estiverem efetivamente consolidadas.
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