Sobrou para o Zequinha, o Sarney Filho que, na versão de Pinto Rei, não saiu ao pai.
Pinto Rei era um boêmio que não consumia álcool, mas quem o visse em meio aqueles praticantes das alegrias programadas só podia imaginar que ele fosse o único a exagerar nas doses.
E não era nada disso, só bebia Cola Jesus, daí talvez por isso o seu humor aparentemente infantil, volta e meia beirando o cáustico.
Fernando, o líder empresarial da família, tanto aprontou, apostou no tempo, que nem o pai, achando que logo tudo cairia no esquecimento como, de fato, parece que está caindo, e de repente na onda que parece estar voltando, as provas de que um dos apartamentos de São Paulo foi mesmo bancado por uma empreiteira, cuja maior fonte de faturamentos é o sempre generoso Ministério das Minas e Energia.
O apartamento comprado à vista pela empreiteira de um senhor de sobrenome Frota foi vendido em suaves prestações, sem nenhum financiamento bancário, ao Zequinha, o Sarney Filho que, na versão de Pinto Rei, não puxou em nada ao pai.
O fuzuê sobre essa novidade começa a ressuscitar indignações, mas o Senador Pedro Simon, o primeiro a pedir a Sarney pai que renunciasse antes que fosse tarde, recorre agora à ironia para comentar:
"Eu nem leio mais essas denúncias. Eu acho que o Sarney é um homem digno, é um homem correto, é um homem que preza pela transparência. Isso aí é inveja dessas pessoas, eu acho que o que tem que se fazer é uma homenagem a Sarney".
Certas admoestações, dizia dona Maria Helena, sogra de Eurídice, não servem para nada. Dependendo do admoestado, é como passar sebo em cara de gato.
2 comentários:
O momento agora no Senado é de recuperar o tempo perdido com essa crise ridícula, e não de bucar a continuidade da bagunça.
O momento seria de resgatar um mínimo de decência, mas isto eu duvido muito, seria o mesmo que furar pneu de trem.
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